sexta-feira, 30 de novembro de 2012

(...) amor não é isso


   Para ser sincera, eu nunca amei. Tudo que eu julgava ser amor acabava. Pena que só me tenha apercebido disso um bom tempo depois, quando olhei para trás e vi que tinha um amontoado de sentimentos acabados no meu quarto. Ainda não entendi por que motivo os taxei de amor, porque amor é um sentimento único, pode parecer-se com outros, mas é único. Tudo o que eu sentia começava e acabava.. "hey, Rosie, amor não é isso". Amor, amor mesmo, nasce e morre. E é justamente isso que eu quero para mim. Cansei-me de sentimentos que parecem eternos, mas que acabam passados alguns meses. Cansei-me de amores falsos e passageiros. Quero o bom e velho amor de uma vida toda.

86 factos a meu respeito

 

1- Tenho dezassete anos;
2- Vivo com a minha mãe;
3- Tenho três irmãos, rapazes; 

4- Sou fascinada por vampiros;
5- Há quem me julgue bipolar;

6- Toco guitarra;
7-
A minha melhor amiga abandonou-me;
8-
O meu desporto preferido é basquetebol;
9-
Adoro cantar e passo o meu dia a fazê-lo, embora seja um desastre;
10-
Troco cartas com uma amiga de infância;
11-
Os meu olhos mudam de cor conforme a claridade;
12-
Não me deixo influenciar;
13-
Tenho cinco nomes;
14-
Há nove pessoas no mundo com o nome igual ao meu;
15-
Mudo de estado de humor rapidamente;
16-
Peso 48,7kg
17-
Nunca consigo ter nada pronto a tempo e horas;
18-
Quando me enervam, eu reajo com lágrimas;
19-
Esqueço-me facilmente daquilo que me contam;
20-
Há alturas em que pareço afastar o mundo de mim;
21-
Já entrei numa peça de teatro;
22-
Não gosto de mim, nem do meu corpo;
23-
Sou sonâmbula;
24-
Amo dançar;
25-
Sou teimosa em demasia;
26-
Em tempos tinha o sonho de ser manequim;
27-
Não tenho uma relação muito próxima com o meu pai;
28-
Gostava de escrever e publicar um livro;
29-
Adoro matemática;
30-
A minha mãe engravidou de mim aos quinze anos;
31-
"Fumo para morrer aos poucos e poucos, enquanto não tenho coragem de me matar de vez";
32-
Já se fizeram de minhas amigas por interesse;
33-
Tenho asma; 

34- Não sou muito boa a demonstrar sentimentos;
35-
Tenho por hábito esconder as minhas lágrimas;
36-
Acreditei nas pessoas que mais me desiludiram;
37-
Já dei um beijo, de despedida, a um corpo morto;
38-
Gosto de representar;
39-
Acho-me desinteressante;
40-
Não suporto falsidade;
41-
Já frequentei duas psicólogas;
42-
Adoro filmes de terror;
43- O meu avô materno é o meu orgulho;
44-
Já vi o meu pai a bater-se inúmeras vezes no passado;
45-
Sou ciumenta e insegura;
46-
Desconfio de tudo o que me dizem até ter certezas;
47-
O volume máximo dos phones não me chega;
48-
Sofro de insónias; 

49- Tenho amizades que duram à mais de dezasseis anos;
50-
Sou orgulhosa;
51-
Por norma, não desabafo com ninguém, guardo para mim;
52-
Adoro surpresas;
53-
Não costumo ser vaidosa;
54-
A minha mãe é a mulher da minha vida;
55-
Odeio o meu cabelo;
56- Sou impulsiva; 

57- Daria a minha vida pelos meus irmãos;
58-
Sou apaixonada por fotografia;
59- Odeio inveja;
60-
Adoro filmes e séries;
61-
Um dia que deixar de escrever, é porque morri;
62-
Nunca tentei ser igual a ninguém;
63-
Sou capaz de perdoar tudo, mas nunca esqueço;
64-
Tenho as orelhas furadas em 8 sítios diferentes;
65-
Gostava de seguir psicologia criminal; 

66- Uso lentes de contacto; 
67- Quero ter pelo menos dois filhos, um casal;
68-
Adoro adormecer a ouvir música;
69-
Gosto de ver desenhos animados;
70-
Sou muito esquisita na comida;
71-
Não tenciono casar;
72-
Gostava de fazer uma tatuagem peito;
73-
Não gosto que me provoquem ciúmes;
74-
Odeio esperar;
75-
Gostava de ter um psicológico mais forte;
76-
Sou louca por compras;
77-
Não tenho medo de morrer;
78-
Tenho segredos que ninguém conhece;
79-
Não me importo com aquilo que dizem de mim;
80-
Tenho um alargador;

81- Sou pouco compreensiva;
82- A minha cor preferida é cor-de-laranja;
83- Ocupo o meu tempo livre a ler;
84- Ainda durmo com peluches;
85- Já chorei até adormecer;
86- Ninguém me conhece realmente.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

lembrar-me-ei de ti, sempre

   Vou-me lembrar de ti em cada música, em cada palavra, refrão, fotografia, parágrafo, cor, espátula ou pincel. Em cada dia, cada sonho, cada noite, cada madrugada, cada lembrança, cada lágrima. Não me vou esquecer de ti mesmo que um dia te odeie, mesmo tendo raiva de ti, mesmo não ouvindo a tua voz, mesmo tendo nojo, paixão, desapego, desprezo ou amor. Lembrar-me-ei de ti em cada livro, cada banho de mar, cada frase e até cada vez que eu respirar.. me vou lembrar de ti, e de nós. As minhas noites terão reticências na expectativa de que chegues, demores tu muito ou pouco tempo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

se for para passar, que passe

   Nós vamos deixando tanta coisa para trás que às vezes é-nos difícil acreditar. Muda tudo tão rápido, o relógio acelera tanto.. A primavera demora a chegar e, sempre que chega, passa a voar, dando a impressão de que foi assim com todas as outras estações também. Antes, antes eu tinha medo disso. Pavor de achar que o tempo não passa, e que quando me desse conta, o relógio já tinha criado asas e fugido para bem longe. Mas hoje? Bem, hoje eu só tenho medo de que as horas passem tão rápido que eu não me consiga lembrar delas. O resto, se for para passar, que passe. É melhor deixar algumas coisas para trás e seguir em frente, do que continuar com tudo mas parado no mesmo lugar, para sempre.

vida simples - precisa-se com urgência

   Aliada a contratempos e a dias em que me desce a tensão, a minha paciência e boa disposição não tem sido nenhuma. Tenho andado alterada, irrequieta, com o sistema nervoso em altas e com a minha habitual vontade de nestas ocasiões ser dada como desaparecida. A escola e os encargos que tenho tido são demasiado para mim, tenho faltado a algumas das minhas responsabilidades e sinto-me perdida, espalhada por vários cantos da casa, como se alguém me tivesse varrido para debaixo do sofá ou de uma carpete. Quase todas as manhãs me arrependo de não me ter deitado mais cedo. Custa-me sair da cama para encarar um dia como tanto outros que me têm atropelado e bombardeado ora com más notícias ou com berros, discussões e mal entendidos. Pouco mais tenho feito a não ser perder-me nas minhas leituras. 
   Preciso de descanso, preciso de não me sentir tão sobrecarregada.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

infância nostálgica

   Talvez seja eu quem me tenha portado mal contigo, não te dei o melhor de mim, nem sempre estive presente, não te apoiei quando mais precisaste e em parte não cumpri de todo aquilo que te prometi. Queria poder estar mais presente, mas a distância não o permite e nem sempre tenho o tempo disponível que desejava para te fazer um telefonema e conversarmos horas a fio, como fazíamos dantes.
   A nossa amizade já não é o que era, mas acho que temos vindo a falhar ambas. Talvez estejamos as duas numa fase menos boa, naquela altura da vida que em que pouco ou nada importa para além de um ou outro objectivo. Bons tempos aqueles em que ainda te via, mal a mal de tempos a tempos, mas via-te, gargalhávamos juntas e tirávamos fotografias. Escrevíamos cartas uma à outra e era só em ti que me concentrava. Mudamos, ou talvez tenhamos apenas crescido, não sei. Sei apenas que sinto a tua falta, e que também te amo.
   Desculpa-me ainda por me esquecer de te mandar mensagens na maior parte das vezes em que digo que o farei, ultimamente não tenho chegado para tudo, não tenho sido sequer o suficiente daquilo que deveria ser para mim mesma. Não é por mal, sabes que sou assim.
[JGP♥]

queria poder fazer recuar o tempo

    Andei ausente daqui por uns dias, mas já não aguentava mais. Tenho sentimentos dentro de mim que já transbordam, são assuntos a mais para mim só. Tenho vontade de chorar, não sei porquê, sei que está a correr tudo ao lado dos planos que eu tinha feito, a minha vontade extrema de seguir em frente sem olhar para trás, ora vem ora vai. Com isto, aqui estou eu, num impasse do que é ou não é, confusa entre o que fazer agora e o que deixar para depois.
   Enfim, este fim-de-semana passei-o com a família. Tive uma festa, a festa da comissão de finalistas lá da escola. Foi boa, melhor do que imaginava que seria, para ser sincera. Diverti-me, fez-me bem. Dancei a noite toda e deixei que com a batida da musica nas colunas os meus problemas se fossem desvanecendo.
   Por outro lado, ando preocupada com a escola. Este período não está a correr como eu esperava, as notas não estão a ser melhores que o ano passado, chego atrasada, e não me empenho o suficiente.
   Depois, são as saudades dele, dos abraços, dos mimos, daqueles momentos reconfortantes, etc, saudades de tudo isso de tudo o mais.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

queridos ciúmes, detesto-vos

   Ele não é capaz, não lhe interessa ou não quer entender, não sei, mas eu quero mais. Não sei especificar o quê, mas não me contento com o pouco que temos. O ataque de ciúmes que senti por um momento, antes, diz-me que os meus sentimentos por ele são mais profundos do que eu mesma posso admitir.
   Ciúmes, tanto que eu vos detesto e que não vos sei controlar, bem que podiam não me infernizar ainda mais os meus dias.

circunstâncias

   Confesso que várias noites dei por mim a querer dar um tempo a tudo isto, a nós. Isto porque a distância iria acabar por me deixar cansada, tanto a mim como a ti, aliás, ainda deixa, é inevitável. Pensei que não ia suportar sentir-me assim por muito mais tempo, sabia que o meu coração se iria sentir apertado cada vez que me deitasse sem te poder dar um beijo de boa noite, iria custar-me muito e não estava disposta a sofrer outra vez, não agora. Mas depois, foi quando me senti tocada e quando tive que admitir, para comigo mesma,  que amor é como a música, para percebermos o verdadeiro significado é preciso que a deixemos tocar até ao final, sem pausa alguma.
   E foi nesta circunstância, entre o pára e o continua, que eu optei por continuar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

boa sorte sem mim

    Não adianta implorar a ninguém para que fique, só fica quem quer. E é por isso que te estou a deixar ir. Não estou a desistir, nem a ser fraca, acho eu. Só que bem sei o que se passa dentro de mim. Perco a conta das vezes em que te chamo em silêncio, aos prantos, e que não obtenho resposta. Ou talvez a resposta seja simples, basta-me que te deixe partir, basta que se cumpram as tuas vontades. Eu errei, tu erraste, ambas errámos. E ajoelhar-me aos teus pés não muda nada, só me tortura mais.

foi um sufoco, um tiro na alma

   Fiquei calada. Não gritei, não chorei, não berrei, não bati os pés, não disse absolutamente nada. Ouvir o teu nome corroeu-me por dentro, formou-se-me um nó na garganta e senti-me como se esse nó me estivesse a sufocar. Mas ainda assim, fiquei calada, na minha, quieta. Não adianta querer falar daquilo que nós magoa, se no fundo sabemos perfeitamente que não irá adiantar nada.
   Não tinhas o direito de partir assim, muito menos de arrancar parte daquilo que eu era e de levar junto contigo. Eras a minha melhor amiga, tinhas-me prometido o mundo e acabei sem nada, sozinha. Contudo, só quero que saibas que ainda guardo todo o nosso passado, e que dificilmente chegará o dia em que simplesmente o apague.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

uma espécie de visita

   Estamos juntos. Perto ou longe, tanto faz, continuamos juntos. Sinto a tua presença, sinto o teu toque, sinto-te a ti. Sinto a tua alma perto da minha. Sinto-te dentro do meu peito e da minha mente, pois para onde quer que eu olhe, tudo me faz pensar em ti e no quanto te amo e te quero perto. Hoje pensei em ti quase o dia todo, era como se estivesses aqui a meu lado, era como se a tua alma estivesse lado a lado com a minha, fazendo uma espécie de visita. Era tão intensa a forma como dominavas os meus pensamentos que até deixei escapar um sorriso, daqueles, patéticos. Acho que para além da minha mente, o meu coração também te percebeu, começou a acelerar tão rapidamente, que pensei que fosse sair do meu peito em direcção aos teus braços. Agora sei o porquê de mesmo de tão longe, te sentir aqui, a segurar a minha mão. Mesmo de longe dos meus olhos, continuas perto do meu coração. 
   Aliás, está dentro dele.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

malditas mudanças de tempo

    Sinto-me febril, o meu corpo não reage aos impulsos e a minha única vontade é manter-me debaixo dos cobertores e ficar assim, o resto da noite. Sabia-me bem uma caneca de leite com chocolate, não a ferver, mas o bastante quente para que me aquece-se também, sinto a temperatura do corpo a descer e apesar dos dois pares de meias calçados, tenho os pés gelados, a combinar com o resto do corpo. Definitivamente, odeio estas mudanças de tempo. Não é muito normal eu ficar engripada, à excepção das minhas alergias que se tornam cada vez mais constantes, mas ultimamente a minha garganta tem reagido mal ao frio e o facto é que não me tenho agasalhado o suficiente.
   Dói-me a cabeça de ter passado o dia inteiro a tossir e a minha voz está rouca,  gasta, cansada. Ao meu lado tenho carradas de lenços de papel amontoados e o meu livro de cabeceira aberto. Acho que vou marcar a página e fechá-lo. Preciso de descansar, amanhã também é dia.

sinto falta, confesso

    Tenho que pedir desculpas a mim mesma por ter começado a escrever isto agora. Mas é que no fundo, por mais que eu tenha passado tanto tempo com medo de confessar, eu sinto falta. Não de nós, mas do que eu achava que éramos e do que eu achava que ainda viríamos a ser. Às vezes dou por mim a lembrar-me de tudo e a conformar-me com o facto de que poderia ter sido verdade. Poderia, não poderia? Nós podíamos ter sido felizes como eu era enquanto tapava os olhos à realidade. Podíamos ter tido aquela história linda que todas as melhores amigas sonhavam ter. Aquelas palavras como “para sempre” poderiam realmente ter sido. 
   Mas com isto não penses que eu ainda sinto alguma coisa. Acontece que é exactamente isso que me revolta, saber que eu nunca mais vou conseguir sentir. Saber que eu nunca mais vou conseguir acreditar nas mesmas coisas, nem ter aqueles mesmos sonhos. Quem dera ao menos ainda sentir. Pelo menos seria um sinal, um sinal de que não teria sido tão destruída. Mas eu fui. E devo desculpas a mim novamente. Por ter constatado que as melhores coisas da vida não passam de uma ilusão. E que dói acordar de sonhos assim, como era este nosso.

domingo, 11 de novembro de 2012

passagens permanentes, espero

    Ainda tenho aquela sensação de borboletas no estômago, ainda sinto a tua mão dada com a minha e ainda consigo sentir quando os teus lábios tocavam nos meus, apesar de já teres partido. Agora são só sensações, são só lembranças e memórias do dia de hoje, de mais um de tantos que espero que cheguem. No entanto, já tenho saudades. Já sinto falta do teu cheiro, dos teus abraços, e da forma incrível que tens de me fazer sentir única.
   Ainda me pergunto o que teria acontecido se tudo tivesse acontecido de maneira diferente. Mas que se dane aquilo que é certo ou não na cabeça do mundo, para mim, embora tenhas aberto a gaveta dos meus sentimentos assim, sem mais nem menos, sem chave sequer, talvez tenha sido melhor. Não pediste licença e quando dei conta estavas instalado comigo, lá, naquele espacinho, pequeno, mas que serve perfeitamente para nós dois. Tomas conta do espaço como se ele sempre tivesse sido teu e sim, fazes-me sentir uma princesa, daquelas verdadeiras, dos contos de fadas. 
   Quero agradecer-te por tudo, e por nada, e principalmente por não me magoares e por não desistires de mim, nem de nós, apesar de tudo. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

perdas de tempo

 
   A esta hora já devia estar a dormir, amanhã é dia de aulas e só eu sei o quanto me custa sair da cama numa manhã gelada e deixar de sentir o calor das mantas térmicas, deixar de sentir o calor que conservei durante a noite, que mantinha o meu corpo quente e aconchegado. Mas não, estou na sala, com preguiça e sem vontade de me levantar do meu adorado cantinho no sofá. Vai-me custar ter que destapar as pernas e senti-las arrefecer de imediato sem o aquecimento do computador por não ter as ventoinhas livres para a circulação do ar. Enfim.
   Mais uma vez ia escrever sobre ti, sobre as saudades que tenho das nossas conversas, das nossas brincadeiras, dos nossos segredos, enfim, de tudo o que era só nosso. Mas desisti. A verdade é que tenho perdido muito tempo contigo, aliás, todo o meu tempo, aquele que ainda consigo ter para mim. Sinceramente perdi-me, perdi-me em ti, de ti, e agora, perco-me por ti, nas recordações do que antes era a nossa amizade, o nosso laço, o nó que demos e que se desatou. São imensas as vezes em que dou por mim a perguntar se o facto de perder o meu tempo contigo é uma pura perda de tempo. Mas mais são aquelas vezes em que pergunto se tu perderás algum do teu tempo comigo.
   E isso, isso já não é sobre ti. É sobre mim, que tento pensar noutras coisas.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

fases cansativas

   Ultimamente tenho visto pessoas, amigos, a serem trocados por outros, mais bonitos, mais magros ou mais populares, amigos a serem muitas vezes trocados por coisas, devaneios do momento. Acontece que as pessoas não foram feitas para serem substituídas, por mais chatas, ultrapassadas e cheias de defeitos que elas sejam. Todos nós temos defeitos, todos nós temos aquele nosso ponto de referência, algo que nos diferencía de tudo de todos, aquilo que nos faz ser diferentes. Todo o mundo tem defeitos, até os jogos têm defeitos. A diferença, é que passado certo tempo estes podem ser trocados por um jogo mais avançado. 
   O certo é que ainda não vi nenhuma loja que conserte pessoas. Seria óptimo. Mas não existe. Vão sempre haver daquelas pessoas que quererem ser importantes, por mais inúteis que sejam, ou que possam parecer ser. Mas de facto as pessoas não são desmontáveis, não podemos trocar as peças, a verdade é esta. As pessoas têm fases, têm dias bons, dias menos bons, dias maus e por vezes péssimos.. algumas dessas fases são mais fáceis, outras cansativas. Mas o que nos faz continuar a jogar, a viver, neste caso, é o espírito desportivo, a paciência e a expectativa de ganhar alguma coisa no fim. Resumindo, quer sejam meros jogos ou sejam pessoas, a meta que nos compete ultrapassar é precisamente a de não desistir.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

épocas de testes consomem-me, literalmente

   Não estou muito contente, estou um pouco desanimada, desapontada comigo mesma. Tirei a minha primeira negativa por mera estupidez, mesmo. Eu sabia a matéria, o teste correu-me bem, fora o facto de que fui supostamente apanhada com cábulas, nunca me tinha acontecido isto, nunca me aconteceu estar a meio de um teste, chamar a stora, tirar uma duvida e ficar automaticamente sem folha de teste, assim, sem mais nem menos, só porque sim. Supostamente, as ideias que tinha organizado durante o teste, a lápis, foram aceites como cábulas. Fazer cábulas durante um teste, parece-vos bem? Fiquei passada, automaticamente sem saber o que fazer, sem saber como explicar que aquilo não era, definitivamente o que ela estava a pensar. Também, não tive muito tempo para isso, ela não me deu tempo sequer que abrisse a boca para dizer mais nada. Por um lado, sei que não fiz nada de errado, o pior mesmo é aquela negativa que não vai simplesmente evaporar-se. No final da aula, por bom senso, por dever e por descargo de consciência, decidi ir falar com ela mas arrependi-me nesse exacto momento. Não é que não entenda o lado dela, mas de facto ela também não fez esforços para me entender nem para me deixar explicar, nem era deixar-me explicar, era só mesmo tirar um minuto para me ouvir. Falou-me num tom alto, e mais grave que isso, puxou-me a gola que levava ao pescoço, como um género de afronto físico. Detestei. Fiquei possessa, irritada ao mais alto nível e educadamente, recuei e sai da sala, não estava para aguentar aquilo nem tinha que me rebaixar de tal maneira.
   Bem, mas agora só me quero concentrar para o teste de amanhã, História A. Sinceramente estou um pouco receosa, não me sinto preparada e quando estou assim, é a desgraça total, sinto que não vou ser capaz. Mais uma vez tenho quase a certeza de que a minha memória me vai falhar, é sempre assim quando mais preciso dela. Só espero que corra tudo minimamente, do mal o menos. Acho que o melhor mesmo é vestir o pijama, tirar as lentes de contacto e embrulhar-me nas mantas, adormecer e acordar cedinho, tomar um bom banho para despertar e rever a matéria antes de ir para a escola.

por instantes, senti-me especial

   Estou de volta e primeiramente, antes de mais nada, quero agradecer à Emily, menina que ultimamente me tem dado algum apoio e se tem mostrado imensamente disponível para os meus pequenos desabafos, é uma querida e perco-me nas palavras delas, no fundo, entendemos bem as palavras uma da outra e vamos dando, à medida que podemos, força uma à outra através de palavras confortantes, que nos fazem sentir bem a ambas. Juntando a tudo isto, foi ela quem deu a opinião de que este meu cantinho deveria constar no blog da Letis, menina simples, e a precisar de um bocadinho da nossa ajuda também, todas temos a nossas fases menos boas. Por isso, agradeço-te a ti também por me elegeres como o Blog da Semana lá no teu cantinho, não estava nada à espera, foi-me especial. Um beijinho muito grande para as duas.

  
Não deixem se espreitar o blog destas meninas,
Emily em http://ppdaemily.blogspot.pt/ e Letis em http://leva-me-a-lua.blogspot.pt/

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

antes fosse só cansaço

  
   Cansada é um termo leve para me descrever após o decorrer do dia de hoje. Estou exausta, completamente esgotada, foram aproximadamente cinco horas de esforço físico intenso, foi a chegada aproximada aos meus limites, mas foi talvez a única forma saudável de combater todos os meus males, abstrair-me de pensamentos negativos e soltar-me da corrente que tenho arrastado comigo todos os dias, onde estão englobados sentimentos nostálgicos, deprimentes e angustiantes. Para ajudar, tenho uma dor de ouvidos gigantesca e não encontro meio disto passar o mais rapidamente possível, são dores insuportáveis. Tenho as pernas doridas e a cabeça em água. O meu corpo não reage, não tenho fome, não tenho nada com que me ocupar e não tenho sequer vontade de ver um filme, nem sequer de terror, dos meus preferidos. Hoje, a caminho de casa implorei para que as minhas pernas aguentassem só até à entrada, só até que metesse a chave à porta e entrasse. Subi as escadas o mais lentamente que poderão imaginar e, cada um dos quinze degraus parecia escapar-se por debaixo dos meus pés, era a moleza, o cansaço, o corpo a fraquejar. Finalmente cheguei, cheguei ao piso de cima e ao dar três ou quatro passos em frente, deixei cair a mão na maçaneta da porta do meu quarto, abrindo-a. Deixei cair no chão o peso que trazia, a mochila da escola, o saco do equipamento e o casaco, e joguei-me, literalmente, para cima da cama.
   Assim fiquei, deitada por cima da cama ainda desfeita, jogada por cima dos lençóis, mantas e cobertores. Não fiz grandes esforços para me descalçar, nem me levantei para o fazer, usei um pé em ajuda do outro e ouvi cair um téni no chão, agora outro. As dores não passaram e o cansaço idem, mas só de sentir que não carregava mais o peso do meu corpo transpirado e esgotado, sabia-me bem. Adormeci. Não por muito tempo, mas deu para recuperar certa parte de mim e dos meus sentidos, embora as dores não tenham desaparecido.
   Apetece-me um segundo banho de água quase a escaldar, um segundo banho de imersão e repetir a minha chegada a casa desta tarde. Queria aproveitar para ler um bocadinho do livro que comecei à poucos dias, "O diário da nossa paixão", mas o meu consciente diz-me que o melhor é despedir-me do computador por hoje, voltar a deitar-me e não me esquecer do despertador para amanhã. Sim! Mais essa, amanhã vou ter que acordar relativamente cedo, apanhar o autocarro até à considerada "grande cidade". Vou às compras, renovar a minha roupa de inverno e comprar umas malhas bem quentinhas. Provavelmente não devo dar noticias durante o fim de semana, vou ficar por lá e só devo voltar no domingo, mas com novidades, espero.
(p.s: desculpem a minha falta de inspiração)